Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, que nos oferece informações a cada momento. A Internet nos proporciona a um toque dos dedos um mundo a nossa disposição. Se isso por um lado é bom, por outro pode nos tornar indivíduos cada vez mais ansiosos, com tanta informação disponível.
A ansiedade é considerada o mal do século, em se tratando de distúrbios psicológicos. É uma reação natural do corpo ao menor sinal de stress, afetando nosso estado emocional, com sentimentos de tensão, preocupação e pensamentos negativos.
Nesse momento, muitas pessoas direcionam suas emoções para a comida, em forma de compensação, como se o alimento suprisse necessidades emocionais. Porém, o efeito é exatamente ao contrário, pois a busca por alimentos nessa fase é vista como uma fuga emocional. O corpo pede por açúcar, sal ou gordura, que nos dá a sensação momentânea de prazer, mas logo vira um ciclo vicioso, agravando o quadro de stress e ansiedade, gerando um quadro de compulsão.
Para evitar que isso aconteça, é importante identificar as maiores causas de estresse e ansiedade na vida, e avaliar o que pode ser feito para tentar aliviar o que faz mal.
Aqui entra uma área da nutrição, a Nutrição Comportamental, que visa identificar os gatilhos que causam esse descontrole alimentar. Quadros de compulsão alimentar podem se transformar em transtornos alimentares, com consequências futuras no estado nutricional e emocional. Direcionar nosso olhar para as emoções facilita observar o quanto nossas escolhas alimentares influenciam nosso estado emocional e o quanto nosso estado emocional influencia nossas escolhas alimentares.
Se a ansiedade muitas vezes não pode ser evitada, ao menos é possível amenizar os sintomas através de bons hábitos alimentares.
Alguns alimentos são muito benéficos em auxiliar a combater o stress:
· Oleaginosas, abacate, coco, ovos e peixes ricos em gordura: fontes de ômega 3, substância que ajuda na função cognitiva, melhorando a saúde mental. Além de serem fontes de gorduras boas, que geram saciedade;
· Frutas, vegetais, hortaliças, legumes e leguminosas: são fontes de micronutrientes como zinco, ferro, magnésio, selênio, cálcio e vitaminas, tão importante para um equilíbrio geral do organismo e funções neurais otimizadas;
· Sementes de abóbora e banana: fontes de potássio, micronutriente que ajuda a reduzir os sintomas de estresse e ansiedade;
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· Chá verde: contém um aminoácido chamado teanina, conhecido recentemente por seu potencial para controle dos transtornos de humor com efeitos anti-ansiedade e calmantes. Estudos indicam que a teanina pode aumentar a produção de serotonina e dopamina (neurotransmissor que atua diretamente no cérebro), com isso melhorando o humor;
· Cúrcuma: contém um nutriente chamado curcumina, que pode ajudar a diminuir a ansiedade, reduzindo a inflamação e o stress oxidativo, geralmente aumentado em pessoas que sofrem de transtornos do humor;
· Chocolate amargo: fonte de flavonoides, substâncias capazes de reduzir a neuroinflamação e melhorar o fluxo sanguíneo. Além de fonte de magnésio, mineral que pode reduzir sintomas de depressão;
· Hidratação adequada: mantem as células hidratadas para uma melhor função neural.
O consumo frequente de uma alimentação saudável e nutritiva, nutre nossas células, mantendo nossa imunidade alta, o que também é favorável ao humor estável.
Para potencializar os efeitos da nutrição, a prática de hábitos de autocuidado irá fortalecer o humor e a disposição, deixando os dias mais leves e alegres. Entre eles, eu recomendo:
· Pausas durante o dia de 10 minutos para oxigenar a mente;
· Atividade física moderada para melhor produção de serotonina;
· Leitura de um bom livro;
· Música relaxante para desacelerar e meditar;
· Faça um Diário da Gratidão: ao observarmos as coisas que temos de bom na vida, deixamos de focar apenas em que não está bom;
· Sorria mais, desabafe com pessoas de confiança.
Vamos juntos deixar o mundo mais saudável, leve e feliz!
Com carinho
Juliana Sebben Pappi
CRN8 10807
CREF 012945G/PR
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